Mayke Toscano/Secom-MT

Em entrevista nesta terça-feira (9), o governador Mauro Mendes comentou a decisão da Justiça Federal que havia concedido liberdade a dois acusados de tráfico de drogas, presos com 420 kg de cocaína e maconha em Mato Grosso. Mauro voltou a criticar as leis brasileiras, lamentando que decisões como esta "têm sido recorrentes". Ele disse que, após a nova decisão revertendo a soltura, a dupla já foi recapturada.

O juiz federal Francisco Antonio de Moura Junior, da 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres, derrubou a decisão que havia concedido liberdade a Rosivaldo Herrera Poquiviqui Durante e Marcos Antonio Rodrigues Lopes, presos na região de Porto Esperidião (326 km a oeste), no último sábado (6).

A dupla foi presa enquanto seguia em uma caminhonete e confessou que receberia mais de R$ 25 mil para fazer o transporte da droga do interior da Bolívia até a cidade de Mirassol D’Oeste.

O juiz plantonista homologou a prisão em flagrante, porém concedeu liberdade provisória, sem fiança, aos dois sob a condição de que informassem o endereço onde poderiam ser encontrados. O governador chegou a criticar a decisão.

“Eu publiquei vídeo na minha rede social, algumas reportagens feitas no dia de ontem tiveram ampla repercussão dentro de Mato Grosso e fora, e até acredito que foi por isso que ao final do dia de ontem o juiz titular da Vara revogou este alvará de soltura e, no dia de ontem, o Gefron, junto com a Polícia Federal, localizaram e prenderam esses bandidos”.

No entanto, o chefe do Executivo estadual lamentou que decisões como a que concedeu liberdade aos presos têm sido recorrentes. Ele lembrou que o crime de tráfico de drogas tem desdobramentos em vários outros crimes, o que causa grande risco à sociedade.

“Fico feliz com a reação e com a nova postura do Judiciário federal, mas é lamentável porque não é a primeira vez que isso acontece em Mato Grosso e nem no Brasil. Tem sido recorrente. Há um tempo aqui na estrada da Chapada foi preso alguém com 300 quilos de maconha, acho que 3 dias depois ele estava solto, nós temos que ter leis mais duras ou um Judiciário que realmente cumpra as leis existentes, não permitindo que haja esse tipo de interpretação beneficiando bandidos”