Filho é suspeito de planejar o furto, e o pai foi identificado como o responsável pela venda dos produtos, segundo a polícia. Outras seis pessoas também são alvos da operação.

A Polícia Civil cumpriu 18 mandados de prisão e buscas contra suspeitos de envolvimento no furto de uma fazenda, em General Carneiro, a 449 km de Cuiabá, em janeiro deste ano. Segundo a Polícia, entre os suspeitos estão pai e filho investigados por organizar o crime e vender os produtos furtados.

Nove envolvidos nos crimes de furto qualificado e receptação foram identificados, entre eles, um homem de 50 anos que está preso e, mesmo assim, vendia os produtos furtados, e o filho dele, suspeito de liderar o grupo criminoso, segundo as investigações.

Seis dos investigados respondem a ações penais nas cidades de Primavera do Leste, Jaciara, Rondonópolis e em Sarandi (PR).

A fazenda foi furtada no dia 20 de janeiro, quando um grupo invadiu o local e levou peças de uma colheitadeira e defensivos agrícolas, que totalizaram R$ 341 mil de prejuízo.

O crime

O crime, planejado pelo jovem, foi cometido por 4 pessoas, a partir de informações recebidas de um funcionário da fazenda, que passou detalhes sobre a rotina da propriedade e onde ficavam armazenados as peças e produtos agrícolas, informou a polícia.

Após o crime, um dos investigados auxiliou os executores do furto a esconder as peças e os defensivos em uma casa na cidade de Jaciara, onde parte dos produtos foram recuperados. Dias após o crime, a polícia prendeu três pessoas em flagrante no imóvel.

Investigações

No curso da investigação, a polícia também descobriu que um dos criminosos agia preparando a travessia de veículos furtados ou roubados para a Bolívia. Em um dos casos, o suspeito, de 39 anos, alugou um carro em Campo Verde e vendeu o veículo no país vizinho.

No dia 19 de janeiro deste ano, o suspeito registrou um boletim de ocorrência alegando que foi vítima de um roubo, cometido por duas pessoas armadas na BR-070. Entretanto, a investigação revelou inconsistências na narrativa do criminoso.

Ainda de acordo com as investigações, o veículo alugado por ele esteve na fronteira com a Bolívia. Em uma conversa com um comparsa, ele admitiu que a comunicação de crime foi falsa.