Para se ter uma ideia da repercussão, a expressão “Ai, pastor” foi um doas assuntos mais comentados na rede X (antigo twitter) no domingo

Um pastor da Igreja Assembleia de Deus em Rio Branco, no Acre, renunciou ao cargo após a divulgação de um vídeo íntimo no qual aparece com outro homem. As imagens, que mostram os dois em um ato sexual, foram amplamente compartilhadas em grupos de WhatsApp da região, sem qualquer edição para ocultar os rostos.

Casado e pai de família, o pastor foi rapidamente identificado nas gravações, o que gerou uma repercussão imediata entre os membros da igreja e a comunidade local. Diante do escândalo, o pastor foi repreendido pelos líderes religiosos e, sentindo-se pressionado, decidiu renunciar ao cargo. Um representante da Assembleia de Deus afirmou que o pastor está "envergonhado, arrependido, mas amparado pela igreja". Para se ter uma ideia da repercussão, a expressão “Ai, pastor” foi um doas assuntos mais comentados na rede X (antigo twitter) no domingo (4).

O outro homem envolvido no vídeo negou ter sido o responsável pelo vazamento das imagens e expressou sua tristeza com a situação, afirmando que "as pessoas gostam de ver a desgraça alheia". Ele também revelou que já registrou um boletim de ocorrência e está tomando as medidas legais cabíveis, pois também é uma figura pública e trabalha como educador.

Para o pastor Zé Barbosa Junior, colunista da Revista Fórum e convidado/comentarista de hoje (5) no Papo de Fé, na TV Fórum, deve se ter muito cuidado para não transformar os comentários por conta da viralização do vídeo (que por si, já é ilegal) em homofobia. “A questão sobre os vídeos e o comportamento do tal pastor não devem ser comentados a partir da questão de sua homoafetividade, ou bissexualidade – seja o que for o caso – mas pelo viés da hipocrisia religiosa e da opressão e repressão das sexualidades que muitas igrejas impõem. Isto sim é adoecedor, estarrecedor e pode estar por trás da enxurrada de escândalos sexuais envolvendo pastores na atualidade”, declara o pastor.

Novos vídeos envolvendo o pastor continuaram a surgir nas redes sociais, intensificando ainda mais a polêmica. Diante da gravidade da situação, o Ministério Público do Acre (MPAC) abriu um inquérito policial para investigar a origem do vazamento e identificar os responsáveis pela divulgação sem o consentimento dos envolvidos. A polícia está trabalhando para esclarecer os detalhes do caso e tomar as devidas providências legais.