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Raquel Cattani: acusado de ser mandante de assassinato, ex chorou em velório;

Raquel Cattani: acusado de ser mandante de assassinato, ex chorou em velório;

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Nas imagens, Romero Xavier aparece sendo consolado atrás do sogro, o deputado bolsonarista Gilberto Cattani. Ex teria ameado de morte a produtora rural 4 dias antes do assassinato, com 34 facadas

 

Preso nesta quarta-feira (24) pela Polícia Civil do Mato Grosso acusado de ser o mandante do assassinato da ex-esposa, a produtora rural Raquel Cattani, Romero Xavier aparece em vídeo aos prantos durante o velório, realizado no sábado (20). A cerimônia teve a presença, entre outros, da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Segundo os investigadores, Romero teria encomendado o crime ao próprio irmão, Rodrigo Xavier, que também foi preso por executar com 34 facadas a ex-cunhada no sítio onde ela morava em um assentamento no Pontal do Marape, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. 

Ex-marido de Raquel, Romero chegou a ser interrogado após chegar à cena do crime com os filhos do ex-casal - um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos -, na hora da perícia. 

Diante das especulações que ele seria o responsável pelo crime, Gilberto Cattani foi às redes defender o ex-genro.

"O marido da Raquel não foi preso nem confessou crime algum e nem eu matei minha filha como foi noticiado. Tenham pelo menos respeito a dor alheia seus  desgraçados", escreveu o deputado às 14h56 do sábado (20) na rede X.

Choro

Nas imagens divulgadas pelo site RDNews, Xavier aparece sentado com uma camiseta azul sendo consolado por uma mulher. O sogro, Gilberto, está logo à frente.

 

Segundo a polícia Civil, quatro dias antes do crime, Raquel foi ameaçada de morte pelo ex-marido, caso não reatasse o casamento.

Segundo uma testemunha, a produtora rural foi procurada pelo ex-marido, que teria dito que “se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”.

Ela teria contato à testemunha que estava instalando câmeras no sítio onde mora, em uma região isolada, por medo do ex-marido.

Comportamento possessivo

Nesta quarta-feira (24), antes da conclusão do crime e da prisão dos dois acusados, Cattani voltou às redes e fez especulações com nota de jornalista sobre um suposto envolvimento do crime organizado, que diz que "o atual governo federal firmou um vínculo eleitoral com os presídios", requentando fake News propagadas pelo clã Bolsonaro.

As investigações apontaram, no entanto, que Raquel foi vítima de um ciúme doentio de Romero Xavier, que segundo o delegado Edmundo Félix mantinha comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com a vítima.

Romero levou o irmão, Rodrigo, no próprio carro e o deixou escondido nas proximidades do sítio. No dia do crime, ele teria feito um churrasco e ido à uma boate para ter provas de que não estaria na cena do crime no momento da execução.

Enquanto isso, o irmão dele aguardava Raquel chegar ao sítio, onde ela foi atacada com 34 facadas. Após o assassinato, ele teria revirado a casa e levado uma moto para simular um latrocínio.

“Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, disse o delegado.

Investigação

O assassinato da produtora rural Raquel Cattani, de 26 anos, com 34 facadas em um sítio no Assentamento Pontal do Marape.

Produtora de queijos artesanais - premiada no 3º Mundial do Queijo, em São Paulo, neste ano - Raquel foi encontrada morta na manhã de sexta-feira (19) em um dos quartos da casa com ferimento "possivelmente causado por arma branca", afirmou a Polícia Civil do Mato Grosso.

Segundo informações da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), foram identificadas 34 lesões de faca no corpo da produtora rural, algumas superficiais e no braço, indicando lesões de defesa, e outras mais profundas.

Um fato intrigou os investigadores - que ainda não divulgaram qual a linha de investigação.

A polícia acreditava que a casa tenha sido revirada de propósito para simular um latrocínio. Uma TV foi quebrada, haviam roupas no chão, armários revirados e a moto da vítima foi levada.

A polícia colheu amostras de DNA e digitais, que comprovaram o envolvimento do cunhado.

Raquel foi sepultada no sábado (20) em no Cemitério Jardim da Paz, em Lucas do Rio Verde, no norte do estado. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esteve na cerimônia.

Segundo a polícia Civil, quatro dias antes do crime, Raquel foi ameaçada de morte pelo ex-marido, caso não reatasse o casamento.

Segundo uma testemunha, a produtora rural foi procurada pelo ex-marido, que teria dito que “se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”.

Ela teria contato à testemunha que estava instalando câmeras no sítio onde mora, em uma região isolada, por medo do ex-marido.

Comportamento possessivo

Nesta quarta-feira (24), antes da conclusão do crime e da prisão dos dois acusados, Cattani voltou às redes e fez especulações com nota de jornalista sobre um suposto envolvimento do crime organizado, que diz que "o atual governo federal firmou um vínculo eleitoral com os presídios", requentando fake News propagadas pelo clã Bolsonaro.

As investigações apontaram, no entanto, que Raquel foi vítima de um ciúme doentio de Romero Xavier, que segundo o delegado Edmundo Félix mantinha comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com a vítima.

Romero levou o irmão, Rodrigo, no próprio carro e o deixou escondido nas proximidades do sítio. No dia do crime, ele teria feito um churrasco e ido à uma boate para ter provas de que não estaria na cena do crime no momento da execução.

Enquanto isso, o irmão dele aguardava Raquel chegar ao sítio, onde ela foi atacada com 34 facadas. Após o assassinato, ele teria revirado a casa e levado uma moto para simular um latrocínio.

“Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, disse o delegado.

 

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