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Gabinete aponta falta de 28 médicos, remédios e raio X

Gabinete aponta falta de 28 médicos, remédios e raio X

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João Vieira

João Vieira

 

Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Cuiabá estão há mais de 5 meses sem serviços de exames de imagem e Raio X. Pacientes que necessitam deste serviço são encaminhados ao Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (antigo Pronto Socorro), que têm concentrado toda a demanda da cidade.

 

A situação que dificulta o atendimento nessas unidades se agrava ainda mais, pois as UPAs contam apenas com uma ambulância para esse manejo e precisam organizar um fluxo com um número máximo de pacientes a serem enviados de uma vez só até hospital.

 

A falta dos equipamentos que são essenciais para os atendimentos de urgência e emergência coloca em risco vida de pacientes internados ou de quem precisa de atendimento imediato e foi apontada no primeiro relatório do Gabinete de Intervenção na Saúde de Cuiabá, entregue ao Poder Judiciário.

 

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As máquinas foram recolhidas pelas empresas terceirizadas por falta de pagamento. No documento é denunciado ainda a demora para que médicos e pacientes tenham acesso aos resultados laudados dos exames, que só são liberados depois de 3 dias.

 

A situação, além de provocar um acúmulo de pacientes internados nessas unidades contribuiu também para demora no diagnóstico de pessoas que chegam até elas necessitando de um atendimento rápido, por exemplo, aquelas com suspeita pneumonia.

 

Sobrecarregadas essas unidades fornecem apenas um encaminhamento e essas pessoas são orientadas a procurar o HPSMC para o exame, e em seguida retornar para avaliação médica ou procurarem Unidade Básica de Saúde. Sibele Rodrigues Souza da Silva, 39, chegou a UPA Morada do Ouro, após peregrinar por unidades de saúde da cidade, com o filho de 3 anos, que tem Síndrome da Down.

 

A mãe desconfia que a criança esteja com pneumonia já que teve febre alta durante a madrugada, além de estar com dificuldade para respirar e muita tosse.

 

“Mas já me disseram aqui que a prioridade é pessoas com febre ou vomitando. Como mediquei ele em casa, já não está mais com febre, e agora não vão atender e o meu filho pode piorar”. Segundo ela, a UPA é a terceira unidade procurada no dia para o atendimento da criança, antes disso tentou a UBS do bairro e uma policlínica.

 

“‘Passei pelo posto de saúde do Novo Paraíso onde moro, mas lá não tem médico e daí me mandou para a Policlínica do Planalto. Cheguei lá e estava mais lotado que aqui. Agora eu vou ter que ver o que vão me dizer”.

 

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